O que aconteceu em cada dia da Semana Santa (segundo a Bíblia)

Na semana conhecida como a Semana Santa, Jesus entrou em Jerusalém para celebrar a Páscoa, passou seus últimos momentos com os discípulos, instituiu a Santa Ceia, foi crucificado e ressuscitou. Essa semana foi muito importante, porque foi aí que Jesus cumpriu sua missão de salvar o mundo.

Domingo de Ramos: a entrada triunfal

Nesse dia, Jesus entrou em Jerusalém, montado em um jumento. O povo se juntou para lhe dar as boas-vindas e muitas pessoas colocaram ramos e mantos no chão diante de Jesus (Mateus 21:8-9). A multidão aclamou Jesus como o Messias, o salvador prometido por Deus.

Ao fim do dia, Jesus saiu de Jerusalém e foi dormir na cidade vizinha, Betânia.

Veja mais sobre o que aconteceu no Domingo de Ramos e seu significado.

Segunda, terça e quarta-feira: Jesus ensina em Jerusalém

Nos próximos dias depois da entrada triunfal, Jesus entrava em Jerusalém de manhã, depois saía ao fim da tarde para Betânia. Durante o dia, ele ensinava o povo no templo sobre o reino de Deus.

Na segunda-feira, no caminho para Jerusalém, Jesus amaldiçoou uma figueira, porque não tinha fruto (Marcos 11:12-14). Depois, Jesus entrou no templo e expulsou os mercadores, acusando-os de tornar a casa de Deus em um mercado e um lugar de ladrões (Marcos 11:15-17). Quando voltou para Betânia, a figueira amaldiçoada tinha secado!

Durante esses três dias, Jesus debateu com os líderes religiosos e ensinou várias coisas importantes:

  • Explicou sobre a ressurreição e sobre qual era o maior mandamento
  • Contou parábolas sobre a salvação e o fim dos tempos
  • Explicou sobre o pagamento de impostos
  • Disse quais seriam os sinais do fim dos tempos
  • Profetizou sobre sua morte e ressurreição

Veja aqui: o que Jesus nos ensinou?

Os líderes religiosos se sentiram ameaçados com os ensinamentos e a popularidade de Jesus. Por isso, durante esses dias, procuraram uma forma de matar Jesus. Foi nesse tempo que Judas se ofereceu para trair Jesus em troca de dinheiro (Lucas 22:3-5).

Quinta-feira: a última ceia

Essa quinta-feira era o dia de celebrar a Páscoa judaica. Seguindo as instruções de Jesus, os discípulos prepararam uma sala e se reuniram com ele para o jantar da Páscoa. Antes do jantar, Jesus lavou os pés dos discípulos, ensinando-os a ser humildes e a servirem uns aos outros (João 13:12-14).

Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças e repartiu-o com os discípulos. Ele fez o mesmo com o vinho. Jesus explicou que o pão simbolizava seu corpo e o vinho seu sangue, que em breve iriam ser dados pelos discípulos (Lucas 22:19-20). Ele ordenou que tomassem esses símbolos para lembrar de sua morte, até sua vinda. Foi assim que surgiu a Santa Ceia.

Veja também: o que Jesus disse na última ceia?

Jesus também avisou que um dos doze apóstolos o iria trair. Então, Judas saiu para entregar Jesus às autoridades. Jesus ainda previu que os outros discípulos o iriam abandonar e que Pedro o iria negar.

No fim do jantar, eles cantaram um hino e foram para o jardim do Getsêmani para orar. Jesus passou algum tempo em oração, se preparando para o que vinha a seguir. Então Judas veio com guardas para prender Jesus (Lucas 22:47-48). De início, os discípulos tentaram lutar, mas depois fugiram, deixando Jesus sozinho. Jesus foi levado para a casa do sumo-sacerdote para ser julgado.

Descubra aqui: como foi o julgamento de Jesus?

Sexta-feira Santa: a crucificação

Durante a noite e a manhã de sexta-feira, Jesus foi interrogado pelo sumo-sacerdote, o governador Pilatos e o rei Herodes. Ele foi gozado, espancado e chicoteado. Os guardas romanos colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça, ridicularizando-o por ser chamado de rei.

Quando viu o que tinha feito, Judas cometeu suicídio. Pedro seguiu Jesus de longe, mas quando foi confrontado por ser um de seus discípulos, ele negou conhecer Jesus três vezes.

Pilatos viu que Jesus era inocente e tentou livrá-lo, mas viu que a multidão estava se revoltando. Para evitar mais violência, Pilatos decidiu condenar Jesus à crucificação, apesar de ser inocente (Marcos 15:13-15).

Jesus foi crucificado por volta do meio-dia, junto com dois ladrões. O céu ficou escuro até cerca das três da tarde, quando Jesus morreu. Naquele momento, houve um grande terremoto e o véu do templo foi rasgado de cima a baixo (Mateus 27:50-52).

Quando ficou confirmado que Jesus estava morto, ele foi sepultado em um lugar próximo. Uma grande pedra foi colocada na entrada e todos foram embora para cumprir o sábado.

Descubra aqui mais sobre a importância da Sexta-feira Santa.

Sábado: o túmulo é guardado

O sábado era um dia obrigatório de descanso para os judeus, então os discípulos ficaram em casa. Os sacerdotes falaram com Pilatos e ganharam permissão para colocar um destacamento de soldados a guardar o túmulo de Jesus. Para ainda maior segurança, a pedra foi lacrada (Mateus 27:65-66). Os discípulos não teriam forma de roubar o corpo.

Veja aqui o significado do Sábado de Aleluia.

Domingo de Páscoa: a ressurreição

Logo de manhã cedo, houve mais um terremoto, a pedra foi removida do túmulo e um anjo apareceu. Os guardas ficaram cheios de medo e fugiram para contar tudo aos sacerdotes (Mateus 28:2-4).

Algumas mulheres, que tinham vindo completar as tradições de sepultamento do corpo, viram o anjo e o túmulo vazio e foram contar aos apóstolos. No caminho, encontraram Jesus, que falou com elas!

Quando ouviram tudo, Pedro e João foram ao sepulcro e viram que estava vazio. Jesus também apareceu a dois discípulos que estavam caminhando para Emaús. Depois, ao fim do dia, ele apareceu a todos os discípulos, que se tinham reunido e estavam trocando histórias sobre o que tinha acontecido nesse dia (João 20:19-20).

Depois de uma semana de grandes eventos e uma terrível desilusão, Jesus estava vivo novamente! Ele tinha cumprido sua missão. Ele pagou pelos pecados do mundo na cruz e venceu a morte. Por causa do que aconteceu na Semana Santa, todos podemos ser salvos e ter a vida eterna.

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