Quem condenou Jesus Cristo à morte: entenda o julgamento na Bíblia

O julgamento de Jesus foi um processo injusto e ilegal. Jesus foi condenado à morte por causa da inveja de seus acusadores. Jesus foi julgado primeiro pela lei judaica, depois pela lei romana.

Antes mesmo de prenderem Jesus, os líderes religiosos dos judeus já tinham decidido que ele deveria morrer (Lucas 22:1-2). Eles não queriam matá-lo porque tinha cometido um crime. Eles estavam com inveja e se sentiam ameaçados com a popularidade de Jesus.

O julgamento do Sinédrio

Na noite em que foi preso, Jesus foi levado para a casa de Anás, o sogro do sumo-sacerdote Caifás. Anás depois enviou Jesus a Caifás, para ser julgado pelo Sinédrio. Durante essa noite os chefes dos sacerdotes e os membros do Sinédrio interrogaram Jesus e procuraram motivos para o condenar. Mas Jesus se manteve calado e não respondeu às acusações deles (Marcos 14:60-61).

Então o Sinédrio procurou testemunhas que fizeram falsas acusações contra Jesus. Mas todas as acusações feitas contra Jesus eram incoerentes. Por isso, perguntaram para Jesus se ele era o Cristo, o Filho de Deus. Ele respondeu que sim e eles aceitaram isso como prova de blasfêmia (Mateus 26:63-65). Eles bateram em Jesus e o condenaram à morte.

O julgamento romano

De manhã cedo, os líderes religiosos do povo levaram Jesus a Pilatos, o governador romano. Apenas Pilatos poderia ordenar a morte de Jesus. O Sinédrio não tinha esse direito.

Para convencer Pilatos, os líderes dos judeus acusaram Jesus de promover a rebelião contra o império romano, proibindo as pessoas de pagar impostos e se declarando rei (Lucas 23:1-2). Pilatos interrogou Jesus, mas não encontrou motivo para o condenar, por isso enviou Jesus para Herodes, o rei da Galiléia, porque Jesus era galileu.

Herodes estava curioso para conhecer Jesus e queria ver algum milagre. Ele interrogou Jesus, mas Jesus não respondeu. Herodes então ridicularizou Jesus e o enviou de volta a Pilatos, vestido com um manto bonito, como se fosse um rei (Lucas 23:11-12).

Pilatos entendeu que Jesus era inocente e que os líderes religiosos estavam agindo por inveja. Ele tentou livrar Jesus usando a tradição de soltar um preso na época da Páscoa. Mas, em vez de escolher Jesus, o povo escolheu um criminoso chamado Barrabás. Pilatos então decidiu açoitar Jesus como castigo, mas isso não acalmou a multidão, que continuou a insistir que Jesus deveria morrer (João 19:4-6).

Os judeus começaram a dizer que Pilatos não era amigo do imperador, porque estava protegendo Jesus, que estava promovendo a rebelião contra César (João 19:12). Diante dessa acusação perigosa, Pilatos negou sua responsabilidade pelo destino de Jesus e o entregou para ser crucificado. Os soldados romanos levaram Jesus e o crucificaram.

O propósito do julgamento de Jesus

Tudo que aconteceu no julgamento de Jesus foi injusto. O julgamento no Sinédrio foi uma farsa, para manter a aparência de justiça e encontrar uma desculpa para matar Jesus. No julgamento perante Pilatos e Herodes, ficou claro que Jesus era inocente, mas os romanos cederam à pressão do povo e ignoraram a justiça.

O julgamento de Jesus realçou o pecado do mundo. A perfeição de Jesus incomoda quem vive no pecado. Mas Jesus já sabia que tudo isso tinha de acontecer. Ele precisava morrer pelos pecados de todos. Parecia o triunfo do mal e da injustiça, mas três dias depois Jesus ressuscitou e o bem venceu!

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