Quem foi Maria, mãe de Jesus?

Maria foi uma mulher judia escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus. Ela era virgem quando ficou grávida pela ação do Espírito Santo. Junto com seu marido José, Maria provavelmente teve um papel importante na educação de Jesus durante sua infância e, mais tarde, se tornou sua seguidora. Ela estava com os outros discípulos de Jesus quando o Espírito Santo desceu no dia de Pentecoste.

A Bíblia não fala muito sobre a vida de Maria, mas diz que ela foi muito abençoada, porque foi escolhida para ser a mãe do Salvador do mundo. Em Maria temos um grande exemplo de como o Deus perfeito e imortal pode habitar dentro de um ser humano pecador, transformando sua vida. Podemos aprender muito com a vida de Maria.

Maria descobre que vai ficar grávida

Maria era uma jovem que morava na cidade de Nazaré, na região da Galileia. Ela estava noiva de um homem chamado José, mas ainda não tinham casado quando um anjo falou com ela. O anjo se chamava Gabriel e contou a Maria que ela era muito abençoada, porque Deus a tinha escolhido para dar à luz o Salvador do mundo (Lucas 1:30-33). Esse era o rei prometido por Deus, que os judeus esperavam há vários séculos.

Maria ficou um pouco confusa sobre como poderia ter um filho se ainda era virgem. Então o anjo Gabriel explicou que a criança seria gerada pelo Espírito Santo, não por meios naturais, porque a criança seria verdadeiramente o Filho de Deus. Como prova que aquilo que dizia era verdade, o anjo contou a Maria que sua prima Isabel, que era estéril e idosa, também iria ter um filho em breve (Lucas 1:35-37).

Maria creu na mensagem vinda de Deus e concordou em se tornar a mãe de Jesus (Lucas 1:38). Como o anjo tinha predito, ela ficou grávida ainda virgem, cumprindo assim a profecia do Antigo Testamento: “a virgem ficará grávida” (Isaías 7:14).

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Maria visita Isabel

Quando ouviu que sua prima estava grávida, Maria foi visitar Isabel. O anjo Gabriel tinha profetizado que o filho de Isabel, João Batista, iria preparar o caminho para a vinda do Salvador. Quando Maria, já grávida, chegou na casa de Isabel, o bebê dentro de Isabel saltou de alegria! Assim, Isabel soube logo que Maria estava grávida do Salvador (Lucas 1:42-44).

Diante desse acontecimento, Maria compôs uma canção glorificando a Deus. Ela reconheceu Deus como seu Salvador e profetizou que ela seria para sempre reconhecida como uma mulher muito abençoada (Lucas 1:46-49). Maria não se tornou arrogante, mas deu todo o louvor a Deus.

O nascimento de Jesus

Chegou uma hora em que José, o noivo de Maria, descobriu que ela estava grávida. Ele achou que ela tinha sido infiel, mas um anjo lhe explicou a situação e lhe deu o nome do menino: Jesus. Por isso, José casou com Maria, mas eles não tiveram relações até ela dar à luz (Mateus 1:24-25).

Na época em que Maria deveria ter o filho, o casal foi para Belém, por causa de um recenseamento. A cidade estava muito cheia, então quando o menino nasceu, tiveram de o colocar dentro de uma manjedoura, por não terem outro lugar para ele (Lucas 2:6-7). Maria foi a mãe do Salvador do mundo, mas não teve nenhum tratamento especial na hora do parto!

Quando o menino nasceu, pastores de ovelhas visitaram a família, porque tinham sido avisados sobre o nascimento de Jesus por anjos. Depois disso, Maria e José dedicaram seu filho a Deus no templo, como era costume entre os judeus. Lá, eles receberam profecias sobre como o menino iria mudar o mundo. Maria guardou todos esses acontecimentos em sua memória e refletiu sobre eles (Lucas 2:19).

Depois de uma visita de magos do Oriente, Maria e José tiveram de fugir com seu filho para o Egito, porque o rei Herodes queria matar o menino. Eles ficaram algum tempo no Egito, depois voltaram e moraram em Nazaré, onde Jesus cresceu.

Maria perde seu filho em Jerusalém

Todos os anos, Maria e José iam para Jerusalém com outros parentes para celebrarem a Páscoa. Quando Jesus fez 12 anos, ele também foi com eles. Quando a festa terminou, os pais começaram a viagem para casa, mas não repararam que Jesus não estava com eles! Certamente, o menino estaria com algum de seus primos. Mas, ao fim de um dia de caminhada, não encontraram seu filho.

Maria e José voltaram para Jerusalém e procuraram Jesus por três dias. Por fim encontraram seu filho no templo, conversando com os professores que explicavam as Escrituras (Lucas 2:46-47). Maria ralhou Jesus. Ela e José tinham ficado muito aflitos e preocupados com ele! Jesus explicou que o templo era a casa de seu Pai, mas Maria e José não entenderam do que ele estava falando (Lucas 2:48-50).

No fim, tudo acabou bem e Jesus não deu mais trabalho a seus pais. Mas esse acontecimento também ficou gravado na memória de Maria.

Maria e o ministério de Jesus

Quando Jesus começou seu ministério, ele foi para um casamento na cidade de Caná e Maria também foi. A certa altura, Maria contou a Jesus que o vinho tinha acabado, uma situação muito embaraçosa para os noivos (João 2:1-3). Jesus não tinha realizado nenhum milagre e explicou à sua mãe que sua hora ainda não tinha chegado. Parece que Maria esperava que ele assumisse seu lugar como Rei de Israel, mas Jesus sabia que ainda era cedo para isso.

Depois Maria disse aos empregados que eles deveriam fazer o que Jesus lhes ordenasse (João 2:4-5). Jesus mandou encher vários potes grandes com água e a água se transformou em vinho da melhor qualidade! Esse foi seu primeiro milagre.

Mais tarde durante seu ministério, os parentes de Jesus acharam que ele não estava bem da cabeça e tentaram impedi-lo de continuar a pregar. Em uma ocasião, Maria veio com seus outros filhos para visitar Jesus onde ele estava pregando. Porém, havia uma multidão no seu caminho. Por isso, enviaram uma mensagem a Jesus, pedindo para ele parar de pregar um pouco para conversar com eles (Marcos 3:31-32). Jesus usou a ocasião para explicar que sua verdadeira família são todos aqueles que fazem a vontade de Deus (Marcos 3:33-35).

Jesus não rejeitou sua mãe, mas também não permitiu que ela atrapalhasse seu ministério. Apesar de amar sua mãe, ele tinha de cumprir a vontade de Deus acima de tudo. Seus discípulos também eram sua família.

A crucificação

Maria foi testemunha da crucificação de Jesus. Ela ficou ao pé da cruz enquanto ele sofria, junto com o apóstolo João. Ao vê-los, Jesus encomendou sua mãe aos cuidados de João. A partir desse dia, João passou a receber Maria como parte de sua família (João 19:25-27).

Como filho mais velho, Jesus teria a responsabilidade de cuidar de sua mãe na sua velhice. Mesmo quando estava cumprindo seu propósito de salvar a humanidade, Jesus não se esqueceu de garantir que sua mãe estava bem cuidada. Com esse ato, ele mostrou que cada pessoa individualmente é importante para Deus. Ele se preocupa com todos os detalhes de nossas vidas.

O dia de Pentecoste

Depois que Jesus morreu e ressuscitou, Maria e os irmãos de Jesus se juntaram aos outros discípulos em oração, aguardando a vinda do Espírito Santo (Atos dos Apóstolos 1:14). A família de sangue e a família espiritual estavam finalmente unidas, pela sua fé em Jesus.

No dia de Pentecoste, estavam todos reunidos em um só lugar orando, quando o Espírito Santo desceu sobre eles como línguas de fogo. Eles começaram a falar em outras línguas e a pregar sobre Jesus para outras pessoas e, nesse dia, três mil pessoas se converteram!

Depois disso, a Bíblia não nos conta mais nada sobre a vida de Maria.

Maria ascendeu ao Céu?

A Bíblia não diz em lado nenhum que Maria ascendeu ao Céu. Essa é apenas uma história que se tornou tradição entre alguns grupos cristãos. Mas não existe nenhuma evidência forte que isso tenha acontecido.

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Maria precisava de Jesus tanto quanto qualquer outra pessoa. Ela foi muito abençoada, mas ela própria reconheceu que precisava de um salvador. Maria era uma mulher normal e pecadora, mas com fé em Deus. Ela seguia a Deus de todo coração e provavelmente foi um bom exemplo de devoção para Jesus enquanto ele crescia. Mas não existe evidência nenhuma na Bíblia que ela foi perfeita nem que ela tenha subido corporalmente ao Céu, como Jesus fez.